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Pessoas trans e o mercado de trabalho.



               Olá pessoal, como vocês estão? espero que estejam todos muito bem, na postagem de hoje eu vou falar de uma situação na vida de uma pessoa trans que eu considero como a mais complicada e vital, relacionamentos como eu já falei podem ser dispensados, a única relação que é essencial em nossas vidas é a relação com nossas famílias mas voltando ao foco dessa postagem, vamos falar de trabalho?!


               Como sempre começo falando de experiências pessoais, vou voltar alguns atrás quando eu ainda estava na faculdade e fui para uma entrevista de estágio, na época ainda estava cadastrada no site da Catho e vi uma oportunidade de estágio em uma confecção, me candidatei e esperei ser chamada para entrevista, até aí tudo bem, fui chamada para a entrevista algumas semanas depois,  na época ainda não tinha trocado meus documentos mas já tinha uma aparência feminina, chegando no local ninguém tinha me olhado estranho nem nada, mas na hora que me chamaram pelo nome antigo para entrar na sala de entrevista todos já me olharam como se eu fosse um alien, só quem é trans sabe como é essa sensação, entrando na sala da entrevista tudo parecia normal, a moça começou se apresentando e começou a explicar como era a vaga e tudo mais, só que em menos de três minutos de entrevista entrou um senhor na sala, não sei se ela era o dono da empresa mas sei que ele era superior à moça que estava me entrevistando, ele entrou na sala interrompendo a entrevista chamou a moça lá fora enquanto eu esperava sentada na sala, passou alguns minutos ela volta com uma cara de assustada falando que não precisava mais, sem dar nenhuma explicação, e quem me conhece sabe que não sou de confusão nem de barraco e nem questionei o que tinha acontecido, mas já suspeitava. Outra situação foi em um salão bem conhecido em Petrópolis, que nem vou citar o nome mas uma das minhas irmãs faz o cabelo dela com um cabeleireiro que trabalhava nesse salão na época, para quem não sabe também tenho curso de cabeleireiro e minha irmã comentou com ele que eu estava procurando trabalho, ele respondeu que estava precisando de assistente e pediu meu currículo, eu mandei e alguns dias depois ele falou que por ele estava tudo certo para eu começar mas tinha que falar com o dono do salão primeiro, que no caso falou que não queria outra mulher trans lá pois já havia uma, talvez ele já tinha preenchido a cota dele para passar a imagem que o salão é um lugar inclusivo, vai saber né, nesse último caso o cara me mandou mensagem por Whatsapp deixando claro que foi por esse motivo de eu não ter sido escolhida para a vaga, o que poderia ter gerado, processo e indenização se eu tivesse conversado com um advogado e mostrado o motivo de eu não ter sido aceita para aquela vaga que foi falado por escrito em uma mensagem, como no caso a seguir. (Clique aqui para ler o caso)


             Porém, uma pessoa trans precisa sobreviver como qualquer outra, e grande parte acaba tendo que entrar para a prostituição caso não tenha amparo familiar e não tenha qualificações visto que muitas abandonam a escola bem cedo, seja por ter tido problemas com a família, terem sido expulsas de casa e precisaram procurar uma forma de se manter ou porquê não aguentaram a escola, visto que a escola é um ambiente muito hostil para uma pessoa trans. (Para saber mais clique aqui!)


             Mas vamos falar de uma luz no fim do túnel? vamos! conforme prometido eu vou falar de um site e uma página no Facebook que pensou na situação de empregabilidade para a população trans, a plataforma Transempregos faz a ponte entre profissionais trans a empresas que querem investir em diversidade e são abertas a essa causa, se você mora em São Paulo a sua chance aumenta muito, visto que a maioria das vagas publicadas são para essa selva de concreto que eu amo tanto, abaixo estão disponíveis os links para vocês conhecer melhor



              Bom gente, esse foi a postagem de hoje e espero que tenham gostado! até a próxima! 

Beijinhos.

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